[RESENHA] O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry

Ano de lançamento: 1943
Editora: Agir
Páginas: 96
Nota: 5/5
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"Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem

com o coração. O Essencial é invisível aos olhos"
(pág. 70)

"É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros.

Se conseguir julgar a si mesmo,

provará que é um verdadeiro sábio.
(pág. 39)



SINOPSE:
O Pequeno Príncipe - Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança. Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do autor.

RESENHA
É interessante como um livro pode te surpreender. Quando comecei a ler o Pequeno Príncipe, não dei muita bola para aquela narrativa APARENTEMENTE simples. Mas, a cada virada de página, era inegável que algo de extrema importância estava impresso naquelas páginas. Aquilo que parecia só uma história boba de um piloto perdido no deserto e um garotinho de outro mundo, vai tomando contornos muito mais profundos e após o ponto final, há uma sensação de energia, esperança e “magia” renovadas.

O livro começa com nosso piloto perdido no Saara tentando concertar seu avião. Eis que surge o pequeno príncipe, um garoto estranho de cabelos louros, que pede para que o piloto – narrador da história – desenhe um carneirinho. Daí em diante, ele conheceu a história do pequeno príncipe bem como a profundidade dos ensinamentos do menino com base naquilo que ele viveu.


“Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. 
Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem
      lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me!”

(pág.67)

O Pequeno Príncipe pode ser encarado como um livro para criança como também pode ser visto como um livro para adultos. A narrativa simples, direta e de fácil compreensão é um terreno rico para que nossos pequenos façam sua incursão no mundo mágico dos livros. Entretanto, essa mesma narrativa simples carrega uma profundidade imensa com pinceladas de reflexões que nos fazem refletir sobre o que fazemos e o que somos.

Alguns personagens podem ser encarados como uma representação arquétipo de vários tipos de personalidade e sentimentos. Como a rosa que explica para nosso príncipe que não há como viver sem amor e que é preciso cultivá-lo e regá-lo dia a dia; ou a raposa que profere a eterna frase:

“tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”
(pág. 72) 

Antoine faz dessa obra, não apenas uma narrativa que deve ser encarada como passatempo. Ele discute os valores e caráteres dos seres humanos. Além do fato da separação recente da esposa, a segunda guerra mundial estava cada vez mais violenta. Isso faz Antoine discutir assuntos como vício, solidão, autoritarismo, autopiedade, amizade, amor, esperança..., tudo isso de uma forma simples, profunda e singela. Mesclado a essa maravilha em forma de escrita, o livro é cheio de desenhos, feitos pelo próprio autor, que carregam um "Q" lúdico e enriquecem ainda mais a história.

Caso você esteja a procura de um livro que te faça refletir sobre as relações humanas e, acima de tudo, sobre si mesmo, aqui temos uma obra extremamente indicada. Além de uma leitura dinâmica e fluída, com certeza você sairá desta viajem melhor do que entrou.

Boa leitura.

2 COMENTÁRIOS

Eu amo esse livro! Realmente, é uma história simples mas que nos leva a muitas reflexões e, posteriormente, conhecimento.
Gostei muito da resenha! Abraços

Oie. Tdo certo?!

Sim, este livro é muito bom mesmo. Faz a gente viajar longe no pensamento.

Vlw pela visata. Abraços


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