Faz
mais de um mês que li este livro e fiquei enrolando pra fazer esta resenha.
Porquê? Bem, não sei ao certo! É um livro de suspense, onde há um serial killer à ser descoberto e este
tipo de livro, a despeito do sucesso que muitos alcançam, não é tão simples de ser realizado. Principalmente quando o ponto
forte do livro se concentra em saber a identidade do assassino, que é o caso em questão. Muitos são os livros que seguem esta premissa ou algo parecido e que conseguiram alcançar seu lugar ao sol. Cito aqui O Aliciador, de Donato Carrisi e O Silêncio dos Inocentes, de Thomas Harris, como exemplos de livros de suspense excepcionais.
Apesar de ter gostado da escrita de Gillin Flynn (autora de Garota Exemplar), o
livro, pra mim, perdeu um pouco da sua “força” porque lá pela metade do livro “descobri” quem era o assassino e isso atrapalhou em certo ponto minha
experiência...
O
livro narra a história da jornalista Camille Preaker, que trabalha em um jornal de médio
porte de Chicago. As coisas ficam complicadas para ela quando seu editor chefe pede (ordena) que ela vá para sua cidade natal, Wind Gap, cobrir um caso de
desaparecimentos de meninas que trará certa visibilidade ao jornal. Ao voltar para a cidade
que pretendia jamais retornar, Camille acaba se deparando com fantasmas do passado e um
caso que pode envolver um serial killer
enquanto seus problemas pessoais vão ganhando força...
A escrita da autora é bem ágil. De forma simples e clara, ela consegue conduzir o suspense numa espiral crescente que vai te impulsionando a seguir adiante num frenesi alucinante. A relação entre Camille e sua família é outro ponto interessante. Sua mãe, Adora, controladora ao extremo, faz questão de tratar o marido, Allan, padrasto de Camille como um acessório assim como faz com a filha deles, a meia irmã de Camille, Ama. E, a relação de Camille com sua mãe é tensa. Há sempre uma atmosfera de tensão entre elas que ocasionalmente explode mas que, movidas por um resquício de respeito fraterno, elas tentam, cada qual a seu modo, manter uma certa educação. O que não ocorre na relação entre Camille e Amma...
Tratada como uma princesa em casa, Amma é o verdadeiro terror fora dos portões. Apesar de jovem, 14 anos, seu corpo já desenvolveu e ela faz uso disso como forma de manipulação e intimidação. É a personagem mais interessante do livro. Mais até que a protagonista que, mesmo tento seus problemas pessoais (se autoflagela), não consegue ser muito interessante...
Outro ponto forte do livro é a forma como a autora retrata a atmosfera dos habitantes de Wind Gap. Sendo uma cidade pequena, a autora consegue transpor para as páginas toda uma ideia de conflitos e tensões mal resolvidos travestidos de convivência pacifica e harmônica. É como olhar para uma paisagem e ver que tem algo faltando mas não saber ao certo o que é...
Apesar de conter uma história bacana e interessante o livro perdeu seu efeito sobre mim quando pouco antes da metade já sabia quem era o assassino. Mesmo tendo um plot twist no final que quase me fez morder a língua, o livro não conseguiu me cativar de todo. Acho que fui com a expectativa lá em cima por conta de Garota exemplar.
Uma curiosidade é que este livro já havia sido publicado no Brasil com o nome de Na Própria Carne, pela editora Rocco, e que também irá virar uma série pela HBO estrelada por Amy Adams. Esperar pra ver...
A escrita da autora é bem ágil. De forma simples e clara, ela consegue conduzir o suspense numa espiral crescente que vai te impulsionando a seguir adiante num frenesi alucinante. A relação entre Camille e sua família é outro ponto interessante. Sua mãe, Adora, controladora ao extremo, faz questão de tratar o marido, Allan, padrasto de Camille como um acessório assim como faz com a filha deles, a meia irmã de Camille, Ama. E, a relação de Camille com sua mãe é tensa. Há sempre uma atmosfera de tensão entre elas que ocasionalmente explode mas que, movidas por um resquício de respeito fraterno, elas tentam, cada qual a seu modo, manter uma certa educação. O que não ocorre na relação entre Camille e Amma...
Tratada como uma princesa em casa, Amma é o verdadeiro terror fora dos portões. Apesar de jovem, 14 anos, seu corpo já desenvolveu e ela faz uso disso como forma de manipulação e intimidação. É a personagem mais interessante do livro. Mais até que a protagonista que, mesmo tento seus problemas pessoais (se autoflagela), não consegue ser muito interessante...
Outro ponto forte do livro é a forma como a autora retrata a atmosfera dos habitantes de Wind Gap. Sendo uma cidade pequena, a autora consegue transpor para as páginas toda uma ideia de conflitos e tensões mal resolvidos travestidos de convivência pacifica e harmônica. É como olhar para uma paisagem e ver que tem algo faltando mas não saber ao certo o que é...
Apesar de conter uma história bacana e interessante o livro perdeu seu efeito sobre mim quando pouco antes da metade já sabia quem era o assassino. Mesmo tendo um plot twist no final que quase me fez morder a língua, o livro não conseguiu me cativar de todo. Acho que fui com a expectativa lá em cima por conta de Garota exemplar.
Uma curiosidade é que este livro já havia sido publicado no Brasil com o nome de Na Própria Carne, pela editora Rocco, e que também irá virar uma série pela HBO estrelada por Amy Adams. Esperar pra ver...
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Objetos Cortantes ( Sharp Objects, EUA, 2006)
Páginas: 254
Autor: Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Comprar: AMAZON
2 COMENTÁRIOS
A verdade é um ótimo livro!! :D Gillian Flynn tem o dom de ser uma escritora atual que consegue me convencer a ler seus livros através apenas da sinopse. Isso é um fato. O livro é bem escrito, todo em primeira pessoa e apresenta todos os acontecimentos e personagens sob a dimensão de Camille. A estrutura narrativa é bem montada, não sobra espaço para confusão e o desfecho é levemente deduzível, contudo até o último momento torcemos para que estejamos errados. Por outro lado a nova série Objetos cortantes estreou no domingo na HBO. Produção é inspirada em livro homônimo de Gillian Flynn. No primeiro episódio, Objetos cortantes vai aos poucos inserindo a história, que envolve tanto o mistério dos assassinatos quanto o mistério envolvendo o passado de Camille, uma mulher receosa da mãe, assombrada pelos fantasmas do passado que envolvem a morte de uma irmã, viciada em bebidas alcoólicas e também em automutilação. Mesmo assim, isso não torna a série lenta. Pelo contrário, ao entregar pouco, a produção faz com que o espectador queira seguir nessa história, que promete muitas reviravoltas. Visualmente, Objetos cortantes também é muito interessante. As cores extremamente fortes das cenas contrastam com a atmosfera de mistério que envolve a história. Outro ponto alto são os debates que a minissérie vai abordar como a relação entre mãe e a filha e, claro, a automutilação, algo que atormenta a vida da protagonista.
Olá Renata, tdo certo?
Pois então..., eu confesso que o livro não conseguiu me cativar de todo. Concordo contigo qdo diz que é bem escrito mas o fato de lá na primeira parte do livro eu já ter deduzido quem era o assassino, me "tirou" um pouco do livro. Quanto a série, realmente a HBO está fazendo um trabalho fantástico com o material. Um clima de tensão constante introduzindo numa atmosfera quase opressiva.
Obrigado por deixar suas impressões...
Abraços!!!
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