[CRÍTICA] filme, MEU PÉ ESQUERDO


Sentindo um imenso desprazer com os últimos filmes que assisti, principalmente os que concorreram ou foram vencedores de Oscar, decidi há poucos dias fazer algo um pouco diferente, mas que sanaria essa minha vontade por boas obras cinematográficas. 

Optei por assistir todos os filmes que concorreram ao Oscar no quesito melhor filme, ano a ano, década a década, aproveitando da facilidade existente hoje graças a internet, iniciando pela década de 90 e os filmes que concorreram ao Oscar no ano de 1990. 

Neste ano os 5 filmes que concorreram ao Oscar de melhor filme foram “Sociedade dos Poetas Mortos”, “Nascido em 4 de Julho”, “Meu pé esquerdo”, “Campo dos Sonhos” e o vencedor “Conduzindo Miss Daisy”. Neste ano se destaca também o Vencedor de melhor filme estrangeiro “Cinema Paradiso”. Desta forma iniciei a minha maratona semanal com a parceria da minha adorável namorada, enquanto ela se manteve acordada, o primeiro filme escolhido foi Meu Pé Esquerdo “My Left Foot”, filme de 1989, Inglês/Irlandês, dirigido por Jim Sheridam, tendo como principal ator Daniel Day-Lewis, o qual ganhou seu primeiro Oscar de Melhor Ator na atuação deste filme, eu imaginava que era pela atuação no Último dos Moicanos, mas muito merecido, diga-se de passagem. 

O outro Oscar ganho pelo filme foi o de Melhor Atriz Coadjuvante, vencido por Brenda Fricker, que interpreta a mãe do personagem principal Christy Brown. Além de concorrer como melhor filme ele obteve outras 2 indicações nas categorias de melhor roteiro adaptado e melhor diretor. 

Cuidado Spoilers – Este filme narra uma história verídica e de superação de uma criança que nasceu com paralisia cerebral a qual afetava praticamente todos os movimentos do seu corpo, exceto seu pé esquerdo, além destes problemas de nascença, a criança pertencia a uma família humilde irlandesa, com 13 irmãos, imagine o tamanho dos obstáculos existentes na vida dele. 

Christy Brown conseguiu superar a maioria dos seus problemas, mesmo sofrendo preconceito por diversas vezes, ele tentava da forma dele ser uma pessoa normal e vivenciar todas as coisas que seus irmãos faziam no dia a dia. Desta maneira ele conseguiu aperfeiçoar sua deficiência, descobriu um dom para pintura e ajudou a sua família a superar diversas dificuldades as quais a mesma passava. 

Conseguiu superar obstáculos como o preconceito, o desrespeito, o descrédito social, além dos problemas familiares como um pai extremamente autoritário e incompreensível (Sr. Paddy), que o julgava como estorvo, uma dificuldade a mais em sua existência. Sua mãe era carinhosa (Sra. Bridget) e, com muito amor e esperança, lhe ensinou o alfabeto e motivou na busca pela superação de seus limites. Esforçou-se na economia para a compra de uma cadeira de rodas, chegando a fazer a família passar frio por falta de carvão no inverno e a se alimentar precariamente para cumprir esse objetivo. Ela confiava que ele poderia encontrar soluções pessoais para as suas eventuais dificuldades. 

Uma fala marcante do filme foi quando sua mãe no seu ímpeto de amor para com seu filho fala “eu trocaria minhas pernas pela sua para te ver feliz” A história de Christy é um convite para a reflexão e conscientização, para educação, para se pensar, sobre os pré-julgamentos que existem no cotidiano de todos nós.

Christy Brown se tornou escritor, artista plástico e hoje é abordado em diversos trabalhos direcionados ao tema de Educação Especial.

(Texto por: Rafael de Jesus)


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