Ano de Lançamento: 1967
Editora: Nova Cultural
Páginas: 173
Rosemary é uma dona de casa casada com um jovem e AMBICIOSO ator de comerciais, Guy, que conseguem alugar o apartamento dos sonhos. Apesar do passado sombrio do hotel – por lá viveram satanistas, bruxos, psicopatas e mais um monte de sei lá o que – o casal está feliz com a nova moradia. Alguns dias após a mudança, conhecem um casal de idosos, os Castevets, que moram no mesmo andar que eles. Os Castevets são imensamente desagradáveis porém, Guy gosta deles e Rosemary acaba aceitando a convivência. A vida do casal começa a dar uma guinada positiva e eis que resolvem ter um filho. Tudo ia bem até Rosemary suspeitar de algumas coisas envolvendo ela, Guy e o bebê que carrega no ventre. Mas, será que é real ou fruto da imaginação de Rosemary?
Creio que muita gente já o viu o ótimo filme O Bebê de Rosemary (1968), dirigido por Roman Polansky estrelado por Mia Farrow. E, apesar da fidelidade da adaptação, a escrita do livro consegue te surpreender muito positivamente.
O Bebê de Rosemary é um suspense psicológico muito bom. Parece até que Ira Levin sabia que a obra se tornaria um filme pois sua escrita parece até um roteiro cinematográfico. A ansiedade e a sensação de que algo não está bem e que Rosemary e Guy entraram em uma enrascada te acompanha por toda a narrativa.
A personagem de Rosemary é daqueles que faz com que tenhamos pena e fiquemos torcendo a todo momento para que ela ouça o conselho do amigo Herche e saia logo dali. Afinal, são muitas tragédias que, coincidentemente, acabam por melhorar a vida do casal (só pra citar um exemplo, um ator que iria interpretar um papel de destaque em uma peça teatral fica subitamente cego caindo o personagem no colo de Guy), mas a que preço?
Rosemary vai vendo tudo isso e vai ligando os pontos mas a verdade que se apresenta é muito surreal, beirando a loucura. Mas, ainda assim, é difícil encontrar outra explicação. E o leitor fica vendo tudo isso, fazendo a leitura dos acontecimentos junto com Rosemary, implorando para que ela veja o que está evidente.
O sobrenatural presente na obra é de uma leveza bem sutil que ajuda a manter o mistério do que está acontecendo e, quando nos é revelado o que este mistério significa, Ira Levin nos surpreende com um final chocante e mostra que, por mais insano que seja, nossos instintos tem sempre uma chance de prevalecer. Só resta saber se, no caso de Rosemary foi para o bem ou não.
Boa leitura.
3 COMENTÁRIOS
Ainda não li este clássico do horror. Provavelmente irei gostar !
bomlivro1811.blogspot.com.br
Em alguns pontos da narrativa, pensei que estava lendo algo de Peter Straub, A meticulosidade da narrativa é muito boa,
Vlw, abraço pela visita.
Fiquei animado agora hein ! Somente em parecer algo do Peter Straub já pulou na frente de vários livros na minha lista de leituras rsrsrsrs Os Mortos Vivos de Straub se encontra entre os três livros de terror preferidos que li até agora.
bomlivro1811.blogspot.com.br
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