DESCARREGO #01
A POLÍTICA E O FIM DA ESPERANÇA

                                                                      “O fim da esperança,é o começo...da morte”
                                              (Charles de Gaulle)


Estou triste pelo descaso.

Pela não valorização de nosso esforço; 

não valorização de nosso comprometimento; 

por não sermos levados à sério. 

A única coisa séria nisso tudo é o descaso dispensado para aqueles que levantam cedo em busca de seu ganha pão diário. Sério, é o modo como nossos comandantes insistem em continuar manobrando o navio que é o bem público como se fosse seu quintal de diversão onde chamam quem querem, rebaixam quem não reza a mesma oração, gratificam os comparsas incompetentes, burlam aquilo que a lei e o bom senso mandam, e tocam um foda-se bem grande pra quem não disse amém. 

Enquanto tudo vai degringolando, a farra pública continua alimentando os bolsos e o ego daqueles que sofrem da plena e total falta de empatia. A carência total de visão idôneo, visa somente a satisfação própria e vai parasitando a esperança de quem crê que um dia as coisas serão diferentes. 

Serão melhores. 

Serão boas.

Serão justas.

A justiça, nisso tudo, caminha de forma estranha. No mínimo, com um andar manco, pendendo de lado. Lado este, lógico, dos discípulos. Daqueles que ao invés de pagar (devolver?) o dízimo, dizimam algo que não é deles.

O buraco negro no qual se encontra nossa política parece fazer jus ao que julga a física quântica: nada sai de lá (principalmente NOSSO dinheiro). A corrupção tomou forma, materializou-se e já não é só um verbete. É um ser vivo que respira e se alimenta. E a base de sua nutrição não é só o dinheiro desviado. Alimenta-se também da boa fé do povo. 

Que acreditou. 

Que confiou. 

Que votou.

O rastilho de esperança no qual me apego, é uma crença quase vã que nas próximas eleições possamos devolver um pouco do foda-se pra esses que estão aí  não colocando eles lá novamente pra fazer o que vem fazendo há muito tempo e com total perícia: merda

Mas, como citei acima, é só uma esperança que já anda debilitada, respirando por aparelhos. E, o golpe de misericórdia pode vir já ano que vem. Pois, se mesmo depois de tudo que vimos e ouvimos, ainda assim escolhermos esses que estão aí, serei obrigado a concordar com o que disse o "nobre colega" (não só pra mulher na câmara, mas pra todos nós): "burra, burra, burra, burra, burra, burra... 



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