Editora: Contexto
Páginas: 352
Nota: 5/5
"...vou arrasar aquela cidade maldita [...].
O nome Moscou vai desaparecer pra sempre"
(Adolf Hitler)
"Todos os locais habitados [ao redor de Moscou]...
devem ser destruídos e reduzidos as cinzas"
(Josef Stalin)
O nome Moscou vai desaparecer pra sempre"
(Adolf Hitler)
"Todos os locais habitados [ao redor de Moscou]...
devem ser destruídos e reduzidos as cinzas"
(Josef Stalin)
Apesar de não muito conhecida, a Batalha de Moscou foi a batalha mais sangrenta
da Segunda Grande Guerra. Colocando de lados opostos dois dos tiranos mais
sombrios da história, o conflito mostrou que Hitler e Stalin, tinham um apreço
mínimo pela vida e, acima de tudo, como megalomaníacos e estúpidos que eram,
tinham uma dificuldade faraônica de ouvir quem quer que seja – incluindo
seus generais – além de seus próprios desejos. O jornalista Andrew Nagorski
consegue mostrar os horrores e erros desta batalha de forma simples, instrutiva
e direta.
Para quem acompanhava
as alianças militares no inicio do conflito, era difícil imaginar que Alemanha
e URSS entrariam em conflito. Ao menos naquela faze inicial da Guerra. Além de
serem tiranos muitos semelhantes, após o tratado Ribbentrop-Molotov, as duas
nações eram, na prática, parceiros no conflito. Invadiram em parceria a
Polônia, já tinham feito um acordo que redefiniria as fronteiras da Europa
ficando cada um com uma área de influência. Inclusive, Stalin, passando sobre
os protestos de seus generais e secretários do partido, enviava insumos vitais
para que a Alemanha assombrasse a Europa Ocidental - mantimentos estes
que ironicamente, seriam usados depois por Hitler para invadir os territórios
soviéticos.
Mas, o cenário mudou
quando Hitler, não ouvindo os conselhos de seus generais, decidiu quebrar o
pacto de não agressão e invadir a URSS.
De inicio, as rápidas
vitórias do Terceiro Reich davam a impressão de que a Alemanha em poucas
semanas ou meses chegaria a Moscou e colapsaria o governo comunista. Mas, assim
como Napoleão, Hitler descobriu que conquistar o vasto território russo é uma
tarefa extremamente difícil.
O livro nos mostra
como foi o conflito: o rápido avanço Nazista que parecia invencível; o
desespero de Stalin que ficou três dias trancado num Banker sem
saber o que fazer; do sofrimento do povo soviético que viu que suas esperanças
de serem salvos dos horrores de Stalin pelos Alemães era pura ilusão, uma vez que
Hitler era tão impiedoso quanto o lóder bolchevique; que Hitler e Stalin
cometeram vários erros em não ouvir seus generais – principalmente Guderin do
lado Nazista e Zhukov do lado Vermelho; como o erro de Hitler de crer que
venceria a batalha de forma rápida custou caro para o Terceiro Reich que não
estava preparado para o inverno Russo; como Stalin não hesitava em mandar
milhares de soldados desarmados para o front para morrerem e
que quem se rendesse era considerado traidor e fuzilado automaticamente; e como
a batalha foi decisiva no restante do conflito.
Ao final da leitura,
notamos que o atraso de Hitler em atacar a União Soviética bem como sua ideia
de interromper a ofensiva até Moscou pra conquistar Stalingrado e Kiev, levou
seu exército a ter de lutar nos períodos de chuva e neve ao qual não estava
preparado e que este atraso permitiu que Stalin preparasse seu exército para o
conflito e saísse vitorioso. Mas essa vitória saiu cara para o povo russo.
Estima-se que 8,6 milhões de russos morreram neste conflito. Um número
infinitamente maior que as baixas nazistas. Para Stalin, totalmente avesso ao
sentimento humano, é claro, foram baixas sem importância.
Boa leitura.
3 COMENTÁRIOS
Muito bem analisado o texto da batalha, parabéns
Opa, obrigado - é sempre bom receber um feedback...
=D
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