Várias coisas a serem vistas
nada podia passar despercebido.
Mas passaram.
Ela desejava muitas coisas.
E as tantas coisas que possuía,
não bastavam.
Do sinal da aliança,
sobrara apenas os estigmas
que
nunca mais dispersaram.
O vulto das sombras
albergava insólitos erros nada veniais,
que eram vistos ao contrário.
Desde os dias no jardim,
as coisas eram assim:
falácias que geraram muitos adagiários.
O brilho da alma
jazia oculto na esfera egoísta.
Esquecendo-se do que era necessário.
Depois de passar por florestas espinhentas
e sentir o frio de órfãos infantes,
o pretérito já não era assim, tão ruim
Imagens de uma vida esquecida
formaram-se num caleidoscópio mágico.
A saudade aflorou em tons carmesins.
Recordações de um passado rejeitado
perturbou mais ainda um coração em frangalhos.
Seria esse o seu fim?
Depois de constatar
que jogou fora as coisas que precisava
sua alma se encheu de dor.
Não tinha direito algum, mas iria atrás
daquilo que degradou
em prol de ilusões e dessabor.
Será que depois de tudo
ainda havia espaço pra perto
de onde realmente recebia amor?
Refez o caminho com a força
daquilo que agora eram seus tesouros:
borboletas, flores, abraços lágrimas e sorrisos.
Cada passo recordava uma vida abandonada
que agora queria/teria novamente,
com cicatrizes que seriam sempre um aviso.
De que Ela rodou o mundo através de sóis e galáxias
mas, às vezes, é naquelas pequenas estrelas
que se encontram as escadas que levam ao paraíso.