Os Livros da Minha Vida (parte I)

Creio que todo amante de livros tem um lugarzinho guardado no fundo da mente onde constam todos os livros que de alguma forma, tiveram uma importância relevante. Às vezes foi um livro que mostrou uma nova forma de pensar, que emocionou, que impeliu  à seguir a diante, que amenizou alguma dor, que divertiu, que assustou, que foi um fiel companheiro em momentos de solidão, que fez sentir raiva, enfim, uma gama imensa de situações e emoções que só os amantes da literatura podem compreender.

Pensando nisso, farei uma série de posts onde colocarei os livros que guardo num cantinho da minha mente com bastante carinho e estima. Pode parecer estranho pra quem não compartilha desta paixão, mas os livros e toda à sua magia inerente, são ótimos companheiros, amigos e confidentes. E são muitas as ocasiões que preferi a companhia de um bom livro em detrimento da interação com pessoas.

[RESENHA] Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski

Ano de lançamento: 1866
Editora: 34
Páginas: 56o
Nota: 5/5
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" Decididamente não entendo porque

é mais glorioso bombardear de projéteis uma cidade

do que assassinar alguém a machadadas"

(Fiódor Dostoiévski)

Esta foi minha segunda tentativa de ler Crime e Castigo. Sinceramente, não sei lhes dizer porque abandonei a leitura anteriormente. E agora, quando terminei, não só permaneci na ignorância do motivo de ter abandonado o livro no passado, como fiquei me questionando como alguém consegue deixar de ler este livro. O rótulo de clássico da literatura é pouco para descrever o quão impressionante é esta obra. Dostoiévski consegue imprimir uma veracidade tão impressionante aos seus personagens que parece que a qualquer momento eles irão se personificar e aparecer na sua frente. Creio que de todos os romances que li na minha vida, este foi o que melhor conseguiu imprimir toda a complexidade que é a psique humana.

O mote do livro é o seguinte: Rodion Românovitch Raskólnikov é um ex-estudante que mora num quarto de pensão em São Petersburgo. Teve de abandonar os estudos porque, o pouco que ganha com pequenas traduções, mal dá para seu sustento fazendo com que viva à beira da miséria. A mãe de Raskólnikov eventualmente manda alguns trocados para ele, mas não é o suficiente. Pra completar a renda, o jovem costuma penhorar alguns objetos de valor na casa de uma usurária, Alena Ivanovna – mulher que ele odeia por ser implacável em suas cobranças. 

Entre tantos outros que sorte a nossa, hein?




Ultimamente ando meio emotivo. E não me refiro a coisas da vida cotidiana que inundam nosso peito de sensações tão fortes que dão a impressão que o ar parou de circular - para o bem ou para o mal. Sempre fui um cara emotivo – apesar da dificuldade Homérica em chorar. Mas, esses lapsos emotivos aos quais me refiro, são de coisas que acontecem na minha mente e referem-se à primeira do singular. São disparados por algum agente externo, fato, mas, em outros outonos, não teriam repercutido tanto na mente esquisita deste que vos escreve. Poderia citar alguns momentos nesses últimos dias onde um furacão de sentimentos causou tanto alvoroço aqui dentro que foi quase impossível impedir que os ciscos nos olhos fizessem seu trabalho. Mas, hei de citar dois. Não aleatoriamente – jamais aleatoriamente meu jovem doutor. Mas, outrossim, duas situações que emocionaram-me de uma forma nostálgica, bonita e feliz: amor (mais sobre isso adiante) e amizade(que fica para um próximo texto dada a extensão deste).

Amor
Isso me ocorreu quando estava lendo um livro. Quando comecei a lê-lo, não achei que fosse um romance. Na verdade, creia que fosse alguma ficção cientifica, dado o que a sinopse dava a entender. Nada disso, meu bom rapaz. O livro usa de alguns fatos e circunstâncias como pano de fundo para discorrer sobre uma história de amor.

[RESENHA] Novembro de 63, de Stephen King

Ano de lançamento: 2011
Editora: Suma de Letras
Páginas: 727
Nota: 5/5 
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"Certa vez  li uma coisa [...] Era um provérbio japonês.

'Quando há amor, marcas de varíola,

são lindas como covinhas'.

Vou amar seu rosto, não importa como fique,

porque ele é seu"


Ah, Stephen King. O senhor consegue nos surpreender de formas inimagináveis. Não seria novidade que eu lhes dissesse que ele é o autor que mais gosto e, também, não seria nenhuma novidade lhes dizer que Stephen King é um dos maiores – se não o maior – escritor da atualidade. A mente que produziu obras primas do terror como Carrie,  Christine, It a Coisa, O Cemitério dentre outros, também conseguiu nos emocionar com histórias belas como A Espera de Um Milagre ou no livro de contos As Quatro Estações. Ele em o dom de fazer rir, chorar, ficar com raiva e mais uma montanha russa de emoções. Mas, desta vez, Stephen King conseguiu me tocar de um jeito muito profundo falando de algo não muito explorado em seus livros: amor. 

Apesar de ter namorado o livro desde o momento de seu lançamento em terras tupiniquins, não estava em meus planos lê-lo agora. Tenho o hábito de ler as primeiras páginas dos livros, só pra ver um pouco do que o futuro me espera. Simplesmente não larguei mais. Deixei de lado – por hora – Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski), e me perdi nas mais de 700 páginas que compõem à obra. E foi fantástico.

[RESENHA] Grau 26, de Anthony E. Zuiker
e Duane Swierczynski

Ano de lançamento: 2009
Editora: Record
Páginas: 434
Nota: 4/5

"Um por dia vai morrer. Dois por dia

vão chorar. Três por dia vão mentir.

Quatro por dia vão suspirar. Cinco por dia

vão questionar. Seis por dia vão fritar.

Sete por dia... o que será..."


Anthony E. Zuiker e Duane Swierczynski se juntaram pra escrever este ótimo suspense. Além do enredo que me chamou atenção, outra nuance que desperta curiosidade, é o fato desse ser o primeiro digilivro da história (mais adiante volto a este ponto). 

O livro fala sobre um serial killer, Sqweegel, que é absolutamente insano. De tão astuto e cruel, foi preciso criar um novo grau de criminosos psicopatas para enquadrá-lo: grau 26. Até então, a classificação ia só até o grau 25. Segundo o FBI, seus métodos são qualquer um e, seus alvos são todas e qualquer pessoa.

Pra conseguir detê-lo, o FBI reintegra a ativa o agente que mais próximo esteve de capturá-lo: Steve Dark. Porém, as coisas não serão tão simples assim. Dark se aposentou cedo porque a busca por Sqweegel, acabou gerando efeitos colaterais nefastos. Para ele e para as pessoas que ele amava.